“Galos”
Ovelhas do mesmo redil
Galos de um só galinheiro
Onde logo p’la manhã
Se ouve douta ladainha
Ou durante o dia inteiro.
É mester cantar certinho
Para o tiro ser certeiro
E enganar todo o redil
E o vizinho galinheiro.
Estes dois mal-avisados
E com boas intenções
Cantam bem, marcham melhor
Mesmo atrás de trapaceiros
De autênticos aldrabões.
Ovídeos de passo estugado
Galináceos de asas erguidas
Em ovações esperadas
Por mentes muito entanguidas.
Estes vizinhos coitados!
São um grupo triste, isolado
Que vivem a mesma sorte
Em vivendas geminadas
Num condomínio fechado.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”
Ovelhas do mesmo redil
Galos de um só galinheiro
Onde logo p’la manhã
Se ouve douta ladainha
Ou durante o dia inteiro.
É mester cantar certinho
Para o tiro ser certeiro
E enganar todo o redil
E o vizinho galinheiro.
Estes dois mal-avisados
E com boas intenções
Cantam bem, marcham melhor
Mesmo atrás de trapaceiros
De autênticos aldrabões.
Ovídeos de passo estugado
Galináceos de asas erguidas
Em ovações esperadas
Por mentes muito entanguidas.
Estes vizinhos coitados!
São um grupo triste, isolado
Que vivem a mesma sorte
Em vivendas geminadas
Num condomínio fechado.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”