Trauma
Quando
pequenina,
eu tinha
duas gatinhas.
Eu as ninava
como se elas
fossem minhas
filhinhas, e elas,
não me largavam,
como se eu fosse
a mamãe-gato.
Não tardou muito
para que elas,
as minhas
gatinhas,
sumissem
inexplicavelmente.
Meus familiares
não souberam
me dizer o porquê
daquela partida,
no entanto,
eu era esperta,
e sabia ouvir
atentamente
o que os adultos
sussurravam
quando eu
não estava
presente:
os bêbados
andavam
fazendo
dos gatos,
tira-gosto.