Trauma

Quando

pequenina,

eu tinha

duas gatinhas.

Eu as ninava

como se elas

fossem minhas

filhinhas, e elas,

não me largavam,

como se eu fosse

a mamãe-gato.

Não tardou muito

para que elas,

as minhas

gatinhas,

sumissem

inexplicavelmente.

Meus familiares

não souberam

me dizer o porquê

daquela partida,

no entanto,

eu era esperta,

e sabia ouvir

atentamente

o que os adultos

sussurravam

quando eu

não estava

presente:

os bêbados

andavam

fazendo

dos gatos,

tira-gosto.

Jeane Tertuliano
Enviado por Jeane Tertuliano em 16/01/2021
Código do texto: T7160910
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