RUBRA ROSA
Não amputo rubra rosa botão,
Para mimosiar a amada mulher;
Pulcra, face carmim, corada,
Ousada, e de afável coração.
Tudo cessa no vandalo ceifar.
Extingue a força viva vital.
Melhor seria regar, florir,
Sorrir, e mútuos contemplar.
A rosa não é da cor que aparenta,
Reflete, guão espelho de ilusão,
Fulgor, imanando iteração,
Emoção, más... espinhenta.
A rosa tem odor que seduz,
Traz no âmago, néctar que nutre,
Mel, que propala sustento,
Fomento, que à vida, conduz.
Exultante fascinio nos causa,
O jardim em nós cultivado,
Maná, no húmus fértil do amor,
Esplendor, continuo, sem pausa.