RUBRA ROSA

Não amputo rubra rosa botão,

Para mimosiar a amada mulher;

Pulcra, face carmim, corada,

Ousada, e de afável coração.

Tudo cessa no vandalo ceifar.

Extingue a força viva vital.

Melhor seria regar, florir,

Sorrir, e mútuos contemplar.

A rosa não é da cor que aparenta,

Reflete, guão espelho de ilusão,

Fulgor, imanando iteração,

Emoção, más... espinhenta.

A rosa tem odor que seduz,

Traz no âmago, néctar que nutre,

Mel, que propala sustento,

Fomento, que à vida, conduz.

Exultante fascinio nos causa,

O jardim em nós cultivado,

Maná, no húmus fértil do amor,

Esplendor, continuo, sem pausa.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 15/01/2021
Reeditado em 13/06/2021
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