Saudades

Por ironia do destino, menina

Sinto sua falta nesta casa.

Daquelas suas pequenas mentiras

E dos momentos de alegria.

Sinto saudade até do seu sarcasmos ,

E daquela sua rapidez na forma de pensar 

Saudades,

Foi tudo o que restou desde que ela partiu.

No início achava que não teria coragem

Mas ela partiu sem olhar para trás.

O vazio, a inércia de tudo

Dominam à casa e meu coração.

Confesso que estava acostumado a escutar sua voz

Me despertando pontualmente às sete da manhã.

Sinto falta até de sua forma extravagante de curtir à vida,

Com suas roupas coloridas , acessórios exagerados

E aquelas fotos espalhadas pela casa

Sempre de biquine.

Agora não restou mais nada,

Nem palavras, Nem ilusões

Apenas saudades e algumas verdades ditas.

Por ironia do destino,  o telefone não toca mais

Apenas saudade em cada quarto

Onde a cama e o quarto parecem ter ficado maiores  .

Às noites sem sua presença parece um punhal em meu peito,

E as madrugadas insones viraram rotina,

Não tive mais notícias suas

Como se ela tivesse evaporado da face da Terra.

Hoje, fui atingido por um punhal de saudade em meu peito,

E na consciência fui condenado por deixá-la partir.

Tentei ir ao seu encontro algumas vezes,

Mas ela me ignora ou foge de mim.

Sei que o amor não é uma ciência exata,

Mas este quarto repleto de fotos

Descem pela garganta

Com um sabor amargo de café frio

Com uma camada de saudades.

Hoje aceitaria nem que fosse por meia hora teus afagos

Apenas para matar está saudade

Que faz morada em meu coração solitário.

O Amante das Palavras
Enviado por O Amante das Palavras em 14/01/2021
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