Cheiro de calumbí
Naquele lugar ingênuo
Cheio de paz e encanto
O cheiro de terra molhada inebria o ar
Verdes colinas refletem-se no plácido lago
O ocre chão de barro vermelho das estradas
Desenham imensas serpentes rasgando a mata
De cima da minha rocha tudo observo
Nada quebra minha quietude
Sinto os zéfiros bailarem soltos e me refresco
Doce frescor com cheiro de caatinga de cheiro
Tão linda barriguda em flor
Fecho os olhos e absorvo tudo em minhas retinas
A nostalgia adentra em meu coração com cheiro de flor de calumbí
Compassivamente me deleito deitada na fria rocha
Abro meu peito e me alegro
Um largo sorriso emoldura meu rosto
A lua tão bela e cheia vem surgindo
Respiro fundo... tamanha beleza
Nunca acostumo, sempre me surpreendo
Meu lindo e singelo campo
Transbordo feito o riacho cristalino que desce pela colina
Até chegar no meu belo vale verde e se confundir com o horizonte
Quase tocando o céu safirino
Nas curvas do riacho enterro um pouquinho de mim
Quero deixar em todos os cantos o rastro do meu viver
Nesses campos encantados do Senhor eternizo meu amor