Da janela
A tarde colorida pelo sol de verão
Enchia o mundo de dourado
Ternas flores dançavam a linda canção da suave brisa
Na praça antiga os anjos no alto da catedral
Olhavam candidamente para o céu azul
Pessoas passavam apressadas
Subiam e desciam sem se dar conta de tanta beleza
Não viam os flamboyants deslumbrantes
Plenos com suas flores encarnadas
As borboletas feiticeiras iam sugar seu néctar
Coloridas e atrevidas elas dançavam no ar
Profusão de cores, bateres de asas
Como eram assanhadas as borboletas
Borboletas feiticeiras, lindas e faceiras
Luzes brilhando no céu da cidade
Vida pulsando em todos os lugares
A brisa fresca que vinha do mar
Brincava nas flores a balançar
Vidas que ninguém se dá conta
Beleza exuberante que ninguém repara
Só a menina da sua janela no alto do prédio
Vê todo esplendor que a praça retrata.