paradoxo

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

e de nada adianta esta aragem

este prenúncio de tão clara tarde, à margem.

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

sinto os seus olhos me atravessando: avesso do que sou

por isso mesmo fugi.

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

mas o dia, agora, tomou outro rumo, também outra sorte...

e a lembrança do que éramos não mais importa.

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

o dia abriu sua porta, trouxe a lembrança daquele amor

daquela saudade morta.

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

seu corpo, hoje, com outro se junta...

seu corpo tão branco que conheci.

para esquecer te procuro, porque você é como algo que sempre temi.

Marco Xavier
Enviado por Marco Xavier em 13/01/2021
Reeditado em 14/01/2021
Código do texto: T7158699
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