TODAS AS CARTAS

Certa feita aquela moça nascida Chaya Pinkhasovna; conhecida como Clarice Lispector responde uma carta de Augusto Ferraz. Tanto na carta como na lucidez de outras obras de Clarice aprende-se muito: em todas religiões se acendem velas, escrever dói, paciência, com o tempo a gente melhora e não faz mal chorar!

A linha ficcional comum e tardia do senso da crítica dentro da escrita, revela tanto Clarice ao Augusto - como Augusto ao que sentia Clarice em escrever. Sabia também minha indiferença não por falta de caso; mas que eu era artista no meio de amigos simplórios, vagos demais para ler e interpretar correto.

Ser brejeiro no existencialismo. Todas as cartas viajam ao meio que se sabe tão pouco de Augusto como de Clarice, quem é tolo o bastante para dizer que a conhece fora do texto, por exemplo essa carta é de 1975. Os sonhos são mais ou menos velho que isso... a angústia existencial desperta cedo demais quem muito sabe o que quer da vida.

Receberia de bom grado cartas, de amigos e inimigos... explicaria a arte da interpretação, o jeito de lidar com os gestos para entoar tempos diferentes da poesia, e aprenderia quieto fora do texto, esse contexto sem compasso do que é ir embora e ser lembrado.