Estações da Inspiração
Quando chegaste como chuva de verão
Os dias ainda mesclavam primaveras
Sorri sem pensar como flores das cerejeiras
Mergulhei no rio abraçando tua inspiração.
O sutil e insuperável o querer soberano
No outonal apaixonante e encantador
Carrega nas nuvens, forte e perturbador
Impera só a razão no encanto do outono.
Quando me transformei em flores do silêncio
No inverno avistei tuas margens e a ilusão
Nas brisas renovadoras perfumei a tua paixão
Em um ato invernal bebi teu cálice de anseios.
A primavera brinca nas cerejeiras
A alma dança sorrindo a beleza de recriar
Na esperança as flores vêm embelezar
Aromatizando as margens da vida faceira.
As estações nas asas do tempo ensinam
No aroma do vento domina o momento
A natureza em mim veste flores e sentimento
No solstício sublime do silêncio é redigida.