Moça

Moça vistosa que pronúncia,

a mesma palavra,

inquietante na sua luta,

rasga o peito

em resposta a cobardia

daqueles que não tiveram

coragem de sobreviver.

Canta sorridente,

na esperança de ser ouvida,

na plenitude do seu ser,

fantasiado sem sentido,

refletido no espelho mágico

do seu dia a dia.

Mente conscientemente,

sobre o choro dos humildes,

que depende da hora certa

para ser poesia,

menestrel das canções

recitada em noite de lua cheia.