200.000

200.000

200.000 mortos

Nestes portos

Secos de humanidade

Em cada cidade

Parece que pouco importa

Cada pessoa morta

O que importa

É o que se exporta

Para crescer o PIB

Dos MIB

Com seus ternos e gravatas

Destilando suas bravatas

E as sempre mamatas

Dos quadrilheiros encastelados

Sejam quais forem os lados

Esquecidos de suas origens

E do sofrimento que infligem

A milhares de centenas

Que mesmo após quarentenas

Morrem sem piedade

Na conta de celebridades

Poderosas em sua infinitude

Sem remorso de suas atitudes

RIP ou DEP

E se estrepe

Enquanto disputa por vacina

Parece briga de esquina

E mais um morto é sina

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 10/01/2021
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