200.000
200.000
200.000 mortos
Nestes portos
Secos de humanidade
Em cada cidade
Parece que pouco importa
Cada pessoa morta
O que importa
É o que se exporta
Para crescer o PIB
Dos MIB
Com seus ternos e gravatas
Destilando suas bravatas
E as sempre mamatas
Dos quadrilheiros encastelados
Sejam quais forem os lados
Esquecidos de suas origens
E do sofrimento que infligem
A milhares de centenas
Que mesmo após quarentenas
Morrem sem piedade
Na conta de celebridades
Poderosas em sua infinitude
Sem remorso de suas atitudes
RIP ou DEP
E se estrepe
Enquanto disputa por vacina
Parece briga de esquina
E mais um morto é sina