VACINA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Enquanto a vacina não vem.
Mortes! Mais de duzentos mil.
Já se foram daqui para o além.
Como se a vida fosse algo vil.
É para suspender microrganismo.
Causador de doença, bactéria.
Vírus modificados sem patriotismo.
Para deixar de matar a matéria.
Vacina para aplicar nos braços.
E em qualquer parte do corpo.
Para contar vitória e dar abraços.
Criando imunidade ou anticorpo.
É a suspensão morta, atenuada, patogênica.
Para a saída do abraço humano vazio.
Garantia de dias de sol com ou sem mutagênica.
Carta de alforria da sepultura de dia e noite de frio.