ESTRANHO
Tu que ainda és um estranho
e, ousas me adular
com perfil misterioso e palavras cifradas,
vais me provocando.
Que ventos te trazem aqui?
O que queres tu de mim?
Dize tu, que és finório e tem olhos castanhos
Como se atreve a invadir meus sonhos
e me fazer cismar com coisas que não são minhas
já que ainda és um estranho?
Eu que sempre fui uma mulher de poucas palavras
sempre me mantive das redes sociais afastada,
confesso que tomei gosto por tal interação
neste misto de realidade e ilusão
me afeiçoei a ti.
Digo, que me atiça a situação
onde busco respostas para tal indagação
Qual será do estranho a sua intenção?
Enquanto não desvendo teus mistérios
vou lendo e buscando em versos alheios
sua figura, camuflada e secreta.
Quisera eu fosse poeta
para descrever em versos itinerantes
como me intriga suas visitas insinuantes.
Contigo, eu
ganho
me assanho
barganho
mesmo sendo, tu ainda um estranho!