ESTRANHO

Tu que ainda és um estranho

e, ousas me adular

com perfil misterioso e palavras cifradas,

vais me provocando.

Que ventos te trazem aqui?

O que queres tu de mim?

Dize tu, que és finório e tem olhos castanhos

Como se atreve a invadir meus sonhos

e me fazer cismar com coisas que não são minhas

já que ainda és um estranho?

Eu que sempre fui uma mulher de poucas palavras

sempre me mantive das redes sociais afastada,

confesso que tomei gosto por tal interação

neste misto de realidade e ilusão

me afeiçoei a ti.

Digo, que me atiça a situação

onde busco respostas para tal indagação

Qual será do estranho a sua intenção?

Enquanto não desvendo teus mistérios

vou lendo e buscando em versos alheios

sua figura, camuflada e secreta.

Quisera eu fosse poeta

para descrever em versos itinerantes

como me intriga suas visitas insinuantes.

Contigo, eu

ganho

me assanho

barganho

mesmo sendo, tu ainda um estranho!

Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 07/01/2021
Reeditado em 07/01/2021
Código do texto: T7154165
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