Resistência
A última ponte ruiu
Nossa Pátria, afrontada
O território invadido
As bestas-feras fazem seus desfiles
Em nossas praças
(Meu olhar perdido...)
A honra que sobrou é apenas
Uma irônica esmola
Da História...
Hoje o vil é o Rei
É dele a vitória
Não se pode chorar
Ou pedir clemência...
Apenas buscar as sombras
Organizar a Resistência
É a perversidade da vida
Ter-se que continuar a lutar
Quando mais te sangram
As feridas...
Nada que nossas pequenas baionetas
Enferrujadas
Ou "fuzis" de última geração
Do século XIX
Não resolvam...
Quando a verdade, afinal,
Vier à tona
Nada será maior
Que o nosso ideal...
(Hasta la vitoria, siempre!).