Trópicos brazilienses

Minha participação, Mauricio Duarte, no Caderno Literário Pragmatha no. 91 na página 11 com o poema Trópicos Brazilienses:

Trópicos brazilienses

Soberba animista de Pindorama?
Canalhas da Terra de Santa Cruz?
O Brasil não é, não foi, nunca será...
Pau que não vem do Pau, uma mixórdia geral,
os esforços nunca reconhecidos,
a geléia geral do pior e do melhor...

Assim nos EUA como no Sul...
Tupiniquim deste Trump no poder,
a fazer por merecer um vômito;
pseudo aristocratas de fraqueza
total, os tais burgueses de ocasião.
Das pátrias que os pariram a fórceps...

As ignotas terras d´além mar
cujo chão tudo dá, mas não pra nós,
seus filhos, só para eles, essa elite
de desmandos, benesses, de vantagens,
corrupção sem cor, enrola, rola,
desenrola: trópicos brazilienses...

Mauricio Duarte
São Gonçalo / RJ

Ilustração da Capa: “A lição difícil”, de William Adolphe Bouguereau (1884)

Leia mais aqui: https://pragmatha.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Caderno-Literario-Pragmatha-91.pdf