ar
Se soubesse a verdade das folhas que afago
que trago embrulhado,
pelo piso molhado
caminho pelo teu luar.
mais noites de trabalho de dias inteiro
jogados pra trás ao som do pandeiro das maquinas de costurar
É todos os dias a mesma conversa
comigo me moldo me odeio
me encho de nós pra desatar
enfrento o abrigo que chamo de lar
saio nas ruas sou o vento perdido
a te procurar
As folhas e flores que afagos eu queimo no lábio molhado me faz desligar
é que é tão ruim viver ligado o ser humano é sem caldo
tão seco e não da pra aturar.
por mim pelos negros que foram um dia jogados eu rezo todo dia para Oxalá.
Se não percebermos o sonho do futuro, ficaremos sem o presente depois do presente que ta por vingar.
Eu tento fugir dessa mesma rima sem sal ta, que chega ao final e me deixa no ar. ar.