Ao pó da terra

Saúdo a minha velha casa

Em tempo o tempo de restar

A morada de passagem

Onde nada se tem eterno

Paredes, em face, marcadas

Lembranças de bom construtor

A revelar o meu velar

Sem rimas, as preces, o cálice

Cálice de humana comédia

O frágil corpo em versos postos

A brindar a breve estadia

Ora direi, direi às estrelas

Saúdo a minha velha casa

Para onde vou retornar.