O muro
há no muro uma beleza de vão
uma beleza de fresta
há no muro um tempo lento
meio
musgo
meio
caramujo
cara
muro
concha
musgo…
e vão
convite
no muro
da curiosidade palpite |a| nte o peito
absurdo
em querer espiar | e n t r e |
aqui e aí
no vão do muro
no muro em vão
na fresta bela |o| tempo |a| era
ecoando no verso
lento
em vão
no muro
e se há beleza mesmo
espero
espio
o outro lado
invento…
*Poema publicado na revista Ruído Manifesto.
dezembro/2020