Hora viva
Por toda parte cai a chuva de primavera
Desde as primas eras serenos setembros têm cheiro da eterna
terra molhada... a relva... o bosque
Profusão de flores, de cores e sabores mil
Dia após dia eu só enxergo a luz infinita dos olhos teus
Serenos azuis sem fim
Perdidos em distâncias siderais
Trilhas repletas de nuvens
Doces algodões coloridos
A lua cheia derrete
É hora viva e quente
E você, fauno meu, me conduz
Por estes tempos arcádicos em chamas
Entre estrelas e luzes ardentes
Vou ansiando por relvas verdejantes
Para enfim, tua ninfa eu ser.