FRENESI
O tempo que passa,
o tempo que resta,
o tempo que sobra
nas miragens,
nos redemoinhos,
nos espelhos,
nos desenhos cegos.
De repente,
eu caio
na Era de Aquário,
fugindo de um vírus
na pandemia,
num planeta doente
que grita por socorro
noite e dia.
Não passa
de breve utopia
a solidariedade,
a fraternidade.
Elas serão afogadas
no aquário poluído
por uma raça
de predadores embrutecidos.
Um frenesi
de neurônios apodrecidos
por lavagens cerebrais.