carne e osso
nudes da alma
palavras ácido
que queimam em relações tóxicas
agulha de carne e osso
fura ar, afunda
é ato, abraço
no nada pega pelo braço
a casa de indiferença
é escudo feito de aço
e o que amolece não é fala
se leva
a influência. se agir por impulso faz bem
o mal tá no feito sem
resquício de paciência
e ao pensar em consciência, passo.
o motivo pra ações nunca é claro
pondo de lado naufrágios antigos
manchas, mancham onde houve machucados
cura de pedradas, ocasiões onde não faz uso de
filtro e experiência se instala.
O ego mata, o que há dentro,
às vezes...
e trava,
sentindo demais mas tentando não dar pala
a piedade é cara, tudo que se cruze
leva na bagagem
tudo que é não se torna mais uma mala
no nada pega pelo braço
a casa de indiferença
é o escudo de aço
e o que amolece não é fala
desfrutando da tenebrosa calma
diversão que suaviza a alma
sem correnteza puxando pro íntimo onde nadador chega
sol nascente,
vida ácida.
empalidecendo o profundo
dando lugar a graça
alcançada.
2016começodaspoesia