Sem rimas desse amor
Sem o calor dos teus abraços,
Sem poemas por versos escassos
Engulo a seco o silêncio, o soluço...
E cubro a tristeza em embuço!
És tu bailarina imponente,
Sou eu andarilho impertinente
Que segue sem culpa seu curso,
- Mais vale a prática ao discurso!
E daí que essa dor presente esteja
Já que igual venci alguma peleja?
Também conta alguma alegria...
Resta esvair-me o coração em sangria
Já que não é nenhuma novidade
Que jorra em mim tanta saudade!