Poeira sou

 





Por entre os meus dedos
feito areia fina das dunas
os sonhos vão escorregando.
Quando triste, tenho dó
até da solidão da lua, junto-me
a ela e conversamos.
Ela certamente não me ouve
nem eu a escuto, tão melhor.
Tenho eternos assuntos
pendentes ...
Tem dia que não quero nada
a não ser silenciar
coisas sem mais jeito.
Sem lamentos essa
estranha esquisita fora
da realidade sou eu.
Nessa poeira de vida, nesse
estado da alma a única
coisa que envolve sem cansar
É derramar sentimentos
para a única pessoa
nesse mundo capaz de entender
os meus versos.
Versos de um estranho amor
que veio e ficou.
Poeira sou, mas ao soprar
dos ventos
em sua direção sempre vou.
Somos todos poeira,
somos esse não querer largar
da vida esse ir e tantas
vezes, esse voltar.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/12/2020
Código do texto: T7145966
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.