Uma estranha aparição

Em noite estrelada

Absorto por calafrios

Resolvi andar pela areia da praia

E cai no chão sem forças...

A vista embaçada

Aos poucos me recuperava

E mergulhei em sonho sufocante

Uma ambulância estava a me buscar

E a imagem se desfez e vi que estava só

Soprava a brisa do mar...

E as espumas das ondas dançavam um rondó

E como espíritos livres declararam em coro:

"A face de Deus é invisível

Indivisível

O tudo e o nada

O infinito e o grão do pó

E tantos iludidos percolam o solo infértil

Não há outra Lei

Senão se libertar

E em meu nome só querem dominar...

Mercadores da fé

Aproveitadores da ignorância

E da carência dos perdidos

Sedentos de serem escravos"

Então as ondas apaziguaram

Após dura luta com a confusão

Questionei minha sanidade

Com essa estranha aparição

Diogo Nascimento Oliveira
Enviado por Diogo Nascimento Oliveira em 27/12/2020
Reeditado em 17/01/2021
Código do texto: T7145618
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