FLOR MÁGICA
Já não havia luz, mesmo assim, esperancei
Já não se viam estrelas, mas roguei aos céus
E nem mesmo, um velho medo de olhar ateu
Me fez duvidar, que eu venceria dessa vez
Já era tarde, mas novamente arrisquei
Não havia chance, nem mesmo opção
Mas carreguei na força da fé e da oração
E se era impossível, não sei, não acreditei
Espalhei palavras e canções ao vento
Desejei abraçar e acalentar o mundo
Mas sou apenas um poeta de olhar fecundo
Minerando amores através do tempo
Cantei e ouvi o meu próprio eco
Sorri e o espelho me retribuiu
Dancei até que o sonho se abriu
Como uma flor mágica no deserto.