RUAS
RUAS
Ruas caladas
Ruas vazias
Sol que nasce
Iluminando o silêncio
Descortinando o vazio
Pardais em algazarra
E maritacas aos gritos
Quebram o passamento
Dos ruídos humanos
Agora fantasmas tementes
De organismos invisíveis
Contagiantes de morte
Quem sabe a sorte
De uma picada de agulha
Desperte de novo a fagulha
Do algo vivo
Que agora escondido
Veja de novo o sol
Num aspirar profundo
Para um viver fecundo