O tapa da sociedade

Lá estava o ele

Luís! O próspero senhor

Vendo aquela cena de horror

Duas crianças pretas vendedoras

Afrontando sua visão,

No seu palácio do sabor

E enforcando com uma mão

Deu-lhe um tapa com calor

"Pra fora moleque, corra!"

No Malibu não admito

Presenças indesejadas

Aqui eu reino e desprezo

Culpa do mundo

d'eu ser mal humorado

Mas parece que agora

A banca foi quebrada

E o jogo foi virado

Fora de seu mundo,

Há um mundo revoltado

E o Malibu se acabou

Pois mais estragado que seu sabor

É o dono, esse amaldiçoado!