Desconstruindo-se
Não há graça na graça torta
Que o ser humano entorta
E se esbalda.
Não há proveito que encha o peito
Nesse mundo eleito
De libertinagem.
É triste a paisagem
De um homem rindo
Do seu tempo “parindo”
Ilusão!
Um tempo estéril
Que sem mistério
Cobrará caro.
Até que se acorde
O homem “morde”
A fraca carne
Disfarçada de lorde
Que cedo ou tarde
Explode.
Ênio Azevedo