Mortemática
Quem possa aferir sofrência
Aponte se é mais patente
O saldo da violência
Em bicho floresta ou gente
Calcule se é por acaso
Que morte e destruição
Se multiplique ao descaso
De um rei ou de um capitão
Com tanta subtração
Estime por esperança
Se resta algum coração
Quer seja de uma criança
Se ao fim couber dividir
Reparta o que tem de sobra
Das mãos de quem tem porvir
A quem resta o breu da cova