Luto da alma vivente

O luto da minha alma sepultada

Respira os grãos da terra

Em uma cova sem caixão ou vela

E nem por palmos medida

Ó carpideiras fingidas, poupem o teu pranto

E deixem que tuas lágrimas

Reguem aquela flor cabisbaixa

Em um canto, absorta pelas quimeras

Longínquas searas que não semeei

Por que hei de desistir agora?

O sopro dos ventos sem demora

Revolvem a vida a se alastrar

Tuas ideologias são causas perdidas

Desprende-te de tudo pois o nada é a verdade

E mesmo com toda a vaidade etérea

Restará somente a escuridão

Diogo Nascimento Oliveira
Enviado por Diogo Nascimento Oliveira em 15/12/2020
Reeditado em 17/12/2020
Código do texto: T7136553
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