Luto da alma vivente
O luto da minha alma sepultada
Respira os grãos da terra
Em uma cova sem caixão ou vela
E nem por palmos medida
Ó carpideiras fingidas, poupem o teu pranto
E deixem que tuas lágrimas
Reguem aquela flor cabisbaixa
Em um canto, absorta pelas quimeras
Longínquas searas que não semeei
Por que hei de desistir agora?
O sopro dos ventos sem demora
Revolvem a vida a se alastrar
Tuas ideologias são causas perdidas
Desprende-te de tudo pois o nada é a verdade
E mesmo com toda a vaidade etérea
Restará somente a escuridão