BOQUEIRÃO
A Boqueirão de Piranhas,
Minha terra.
A minh’ alma agora expande
Com muita satisfação
Hoje estou na Baixa Grande
Antes vim do Boqueirão
A minha terra querida
Onde comecei a vida
Onde a de pai terminou,
Desejou ver muitas vezes
Seu filho após os três meses,
Mas a me ver não chegou.
Boqueirão terra adorada
De um açude grande, imenso
Vou terminar a jornada
No teu colo, assim eu penso
Ouça a voz de um grande amigo
Que aí deixou seu umbigo
Enterrado pelo chão
Como a tradição nos prega
Pra cumprir mais uma regra
Dos costumes do sertão.
Ouça o poeta que canta
Teu espaço e tua terra
Olhando pra bela santa
Esculpida lá na serra
É com ela parecida
A Senhora Aparecida
Padroeira do lugar
Que se serve ao natural
Pra demostrar o sinal
Que vai nos abençoar.
A tua praça e capela
Onde o povo passa a pé
Rezando pra virgem bela
Demostrando a sua fé
Entre gemidos e pranto
Relembro do campo santo
Onde meu pai foi morar
E com essa nostalgia
Quando eu falecer um dia
É aí que eu quero estar.
Boqueirão a tua gente
É minha gente também
Não estou aí presente
Mas tua lembrança vem
Trazendo felicidade
Matando mais a saudade
Através do pensamento
Eu te prezo terra boa
E também qualquer pessoa
Que guarda meu sentimento.
Dessa terra sou amante
Por ela meu rosto brilha
Também tem algo importante
Lá mora a minha família
Meus tios, avós e primos
São alvos também dos mimos
Deste poema dotado
Que leva a dedicação
Pra terra de Boqueirão
Do seu filho consagrado.
Baixa Grande 12/03/2020