APRENDI

Aprendi que a vida

é uma porta aberta

para novas possibilidades

e a enxergar um mundo novo

pelos olhos de quem amo

Aprendi que meus versos

são meu reflexo

no espelho de minha alma

e neles estou nua

e que um dia

simplesmente

deixam de seus meus

Aprendi que poesia

se faz cantando

a minha música

e a dos outros

num ritmo desordenado

descompassado

Aprendi a encontrar

a grandeza no medíocre

e a simplicidade no majestoso

Aprendi a fazer amor

com olhos, boca,

versos e canções

e quando o mágico acabar

restarão os rascunhos...

Tanto tenho aprendido!

Sobre minhas coisas

inexploradas

o vaso quebrado

não menos feio

que o empoeirado

e em desuso

A porta arrombada

não menos violada

que a intacta e segura

Aprendi a poetizar

a distância que me separa

do meu verdadeiro amor

a lágrima de alegria e de dor

o sonho do real

e a fraqueza de quem

ainda me fere...

Estou aprendendo

a ser eu

Cláudia Sabadini
Enviado por Cláudia Sabadini em 14/11/2005
Código do texto: T71353