Candeeiro
Em rua escura
O homem procura
Quem é que acende
O Candeeiro
No fim do túnel
Não tem clarão
E o escuro
É reservado
Ao entrevado
De quem o Rei
Tira o pão
O pão sovado
Dá uma sova
Em quem caminha
Sem candeeiro
Na escuridão
Sempre o mais fraco
Vive calado
Vive vergado
Sob o relho
Como um fedelho
Não dribla a fome
Vive sem nome
Nada seduz
Viver sem luz
Sem ter
O tempo inteiro
A quem acenda
O candeeiro