CIÚME

Ele é tema na vida de um casal

E nos dois corações se mostra vivo

Para um não se arma, nem se altera

Mas no outro parece alternativo

E se ambos lhe derem cabimento

Ele cresce e se exibe imperativo.

É vulgar, mas também subjetivo

Muita gente, no peito, tem de mina

Quando aparta um casal é que ele sente

Que a batalha que fez, ali termina

Alguns dizem: tal coisa é só chantagem

Na verdade, esse mal ninguém domina.

Ele é como a fumaça muito fina

Que atravessa uma greta, mas não pede

Vai entrando aos pouquinhos num “lugar”

Quando a nuvem se forma exala e fede

Quem abrir um ladrão dela se escapa

Quem não abre respira, traga e sede.

Visto o mal que ele causa e se sucede

Preenchendo o que for material

Muita gente se agrava ao afirmar

Que esse fato é de fato natural

A verdade do fato é que de fato

Ele mata a essência do casal.

Quem centrado já foi por este mal

Desejou ser de novo uma criança

Pra no peito não ter nenhuma angústia

E na mente o desejo de vingança

E o primeiro sinal do manifesto

Se dá quando nascer desconfiança.

O casal não terá mais esperança

Quando isto (citado) se gerar

A mulher cai num trauma tão profundo

Num recanto se acanha e vai chorar

E o marido também se for pagante

Não consegue viver no mesmo lar.

No casal ele entra pra matar

Um amor que já foi constituído

Ele é causa de mortes todo dia

Pois quem mata o já tem adquirido

Quem pratica esse mal não tem noção

E nem sabe o que é ter bom sentido.

Quem a cenas brutais tem assistido

Vê que a coisa é mais séria e bem presente

Fica a mãe tendo medo de que a filha

Continue do marido dependente

Também morre de medo de que o filho

Da mulher continue sendo suplente.

Esse mal acoberta toda gente

Não precisa de escolha ou seleção

Ele entra no peito da pessoa

Faz morada no lar do coração

Nunca pede licença para entrar

Nem se importa se houve permissão.

Este assunto explanado é uma paixão

Sem ter corpo, sem massa e sem volume

É uma chama que queima e que amortalha

Tem um flash maior que o próprio lume

E o motivo de toda essa sequência

É uma coisa chamada de ciúme!

Baixa Grande 16/02/2020

Luiz Izidorio
Enviado por Luiz Izidorio em 10/12/2020
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