RASTRO DE ESCRITO

RASTRO DE ESCRITO

Vejo-te

agora no chão

com riso

alegre de flor;

sinto a mesma

emoção

pois faço-te

com amor.

Sinto-te

o cheiro de terra

úmida

da brisa

noturna;

mas o sol,

no alto da serra,

anuncia

a aridez diurna.

Leal

é a nossa

amizade,

desde existências

remotas;

há sempre

a utilidade

de nos acharmos

nas rotas.

A sintonia

que nos irmana,

baseia-se

no bem moral;

versamos

a fala humana,

pelo escrito

artesanal.

O chão

participa

do labor,

que inspira

a arte do agora;

chão que

sente o calor

e o frio;

e no ar

se evapora.

Sobre

o chão

nos achamos;

nos ocupamos

com o tecer

da arte

escrita;

já nos doamos

decerto,

a quem

nos quer ler.

Ah, esse chão

que nos move,

num afã

que nos dá prazer;

esse influxo

que não remove,

nossa parceria

para escrever.

Sabemos

a valia

do instante

que nos une,

por amor à arte;

cada um,

é um viandante,

que sempre

se comparte.

Cada chão

que pisamos,

fica um rastro

de escrito;

e sempre

nos dedicamos,

ao teor

poético bendito.

Chão

que inspira

poesia;

poesia

no chão achada;

poema feito

com alegria

pelo poeta,

no chão

de sua morada.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 10/12/2020
Reeditado em 05/12/2021
Código do texto: T7132103
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.