Cras in flore
Que queres do peito em rubra?
Que em lágrimas fecunde então
O desprezo de sua vaga devoção;
Deixe nele a flor sem doura?
Que queres do coração devoto?
Que em punhais escorra o sangue
De teu amor impossível, que negue,
O vivo por um querer que é morto?
Que queres da vontade infinda?
Que tome-a em dor e mais dor
Ante as juras deste teu amor,
- Renegue a taça que então brinda?
Que queres enfim depois de sonho?
Que sejas tu e tu apenas a ficção,
Crendo como ledo ante a devoção
Que és tu realmente oque eu sonho?