AOS VENTOS

Para ouvir o silêncio

das palavras,

acolhemos a voz

de dentro,

como se um sopro

ressoasse

o mais fundo de nós.

Há que soletrar gestos,

e adivinhar olhos

nas linhas das mãos,

nos seus mínimos contornos.

Alguns ventos traduzem

e anunciam

imprevisíveis versos.

Entre o secreto silêncio

e o escutar-se,

vivamos além do espaço

que nos circunda,

como se bastasse

os ventos e as palavras,

mais profundas

porque é preciso ver a chama

infinita

desses puros olhos de vida!

Lucas de Sousa
Enviado por Lucas de Sousa em 06/12/2020
Código do texto: T7129324
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