MADRUGARDEN
MADRUGARDEN
Nas últimas horas da noite
Em que as estrelas se vão
Desperta o caminhar
Sem pegadas ao chão
Apagando as agruras
Das míseras ruas
Enlevam as aragens
E os gorjeios afloram
Sinais claros de vida
Despertam em passos errantes
Nada é como antes
Mas pouco ou nada importa
Nesta solitude solidão
Banhada pelo aroma
De terra úmida
E flores em inércia
Não há ruídos
Há o respirar sem voz
Do mundo escondido
Medroso de morte
Temeroso de vida
Esquecido que tudo é
Passagem
O fio é tênue
O sentimento forte
O norte
Sempre no inexorável
Azar ou sorte