Limites

Sobe um vento e faz revoar as células

Embaralha as artérias

Embaraça as veias

Mas, ele tá preso.

Emerge um desejo

Cresce entre as paredes

Desestabiliza as manhãs

Quer aflorar em vão.

Pelos braços, uma corrente elétrica

Os pés sonham andar sem rumo

Descalços, pisar no mato

Se energizar.

Incautos. Ingênuos. Insensatos.

Desconhecem o perigo lá de fora.

Vou submergindo diante do tempo

Expira, inspira...liberdade.

Toda manhã os sonhos sobem as escadas

Para logo mais descer.

E tudo é só revoada, burburinho

As minhas fronteiras se mantém cerradas.

Ainda não é possível... sair.

Marisa Lima
Enviado por Marisa Lima em 06/12/2020
Código do texto: T7128814
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