Desejo...
Desejo...
Tatuo minhas vontades em tua pele morna
Minhas ideias se misturam
Repletas de cenas sórdidas
Um tango se desenrola
Eu e você, uma fusão...
AH! A urgência incomoda...
Essa ânsia, que ao pensamento esfola
Não, não terá sido em vão
Teu olhar se condena
Me condena...
Consegui lhe contaminar
Sou antídoto e veneno
Meu jogo não será inútil
Rolo em chamas
Sou eu, e a razão…
Me recomponho, pensamento fútil...
O dia ficou mais tristonho
Jogo-o para fora, ao menos
O poema não se perderá
Como as brumas e um tango
Se foram...