Dosologia sem fim
Dias que passam vagarosos na lista dos telefonemas ocupados,
que se passam na espera por você,
na anciã de poder sorrir na simplicidade
de um novo dia guardado sem ninguém saber.
Uma demora declamada na canção cheia de mania,
de versos recitado todos os dias no amanhecer
que procura deprimir sem pavor do tempo que se foi.
Quase todos os dias o calor da humanidade
me lembra a manhã tempestiva que surge no horizonte,
distante de tudo, sem destino, sem reconhecimento,
porém sincero e bonito no seu valor prometido por nós.
Milhões de palavras ditas para poder apresentar um sentimento,
apaixonado na lembrança dos anos que se findaram as três da manhã,
após um delicioso e duradouro beijo não imaginado na verdade,
que ficou desaparecido nos filhos que ficaram de nascer.
Querer beija-la como meus pais se beijaram no baile,
no rosto, na nuca, na boca, na gota de suor que caia pelo corpo,
na criança existente naquele momento irresponsável,
refletido no espelho da musica que nasceu em nosso coração,
sociologicamente na dosologia sem fim de nossas vidas.