ghost
minha carne é fria como a de um fantasma
poderia ser a próxima lâmina do rei,
mantenha a pele vívida como um fantoche
ao mesmo tempo se esvazie de tudo que eu sei,
a fé onde te achei me chamou pelo nome,
afetado por ondas
que quebravam feito pedras,
conte-me os segredos que suas curvas escondem
afastando-se do mundo e das dores
esconda-me nelas,
e cada cheiro, cada gesto, cada toque
são simplesmente complexos
para descreve-los,
encara cedo uma vida que te engole,
tão mutuamente intrépidos
para entende-los,
se rendemos aos desejos
sob o vício de seus lábios maleáveis,
despretensiosos,
e se vendemos pesadelos
quando visto-me de marcas memoráveis,
desprendem-me os ossos,
são os riscos de ser jovem,
sabor de vida enquanto morro dia a dia
alimentando meus demônios,
quão doce lágrimas que chovem
a dor que sinto me socorrem poesias,
dilacerando nos devolvem
todas as sátiras,
causadas pela ausência de melodias,
noites frias embaixo do edredom,
já calçada a pele fresca das mentiras
note as linhas atrás deste dom,
se entende-las
sereis digno de dó, bom
por hoje é só.