Estória operárias
Ó linda cidade de céu azul,
nas ruas derramei cimentos futurísticos
por um amor que não veio,
nos bares bebi e dancei com varias donzelas,
as noites, dormi com a minha Maria Bonita,
hoje avó dos meus netos.
Linda cidade, que no natal ficava mais bela,
sem praça, sem arvores, sem coreto,
só uma construção bestificada,
obras operárias de uma ideação de tijolos e concretos
calejado de poeira e pó.
Sento, sem lenço nem documento,
na laje de Planaltina, olhando o horizonte com lagrimas,
com vergonha da pessoa amada.
Estória ausente na suavidade da brisa que sopra,
na memória da minha infância distraída,
com as indecisões vividas por brincadeiras inocentes,
vista do alto da arvore mais bela,
florida na imensidão dos medos procurado por nós.
Por fim depois de inaugurada tenho quase certeza
que não sairei mais daqui, nem as meninas,
que na complicação operaria sentira frio
por falta de sono e amizades perdidas por ai,
que serão esquecidas no futuro.