Espinhos



E os sorrisos, verdadeiras máscaras
sem nos embriagar, tantas ressacas.
Nos jardins secaram todas as flores
secaram, as sementes as poucas águas
do inverno, para longe as carregaram.
Os espinhos parecem mais agudos
as folhas, e a poeira os ventos sopraram.
Gratidão nem sempre é oportuna...
O mundo aos poucos perde o colorido
retira a vontade de poesia, roubando
a calma. O café tão mais amargo, 
os olhares enchem-se de um mundo 
com uma dose maior de realidade.
Vida à dentro,  a pressa sem tempo
sequer para sentir saudade.
Sem tempo de contar as horas, os passos,
a alma não se ilude, sem os abraços.
O amor, é o que em nada mudou,
o amor é viagem, é esboço de um barco
frágil no alto mar, com a esoerança
sem medo de afundar.
Sobrevive, sem remo, feito poesia sem rima
o amor é destemido,  não aceita desventura
enfrenta as tempestades.
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/12/2020
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T7126864
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