Não quero ser moderna
Não quero ser modesta, mas
meu poema nasce num rompante
Com pálavras me revirando do avesso
Tropeço. Caio. Levanto

E as palavras vão sobrevivendo sem voz
Os pensamentos voam sem escala
pela magia dos meus sentidos
E ponho-me a alinhavar os poemas
que vou com ternura escrevendo

E vou falando comigo mesma
Sem argumento. Semdivergências
Mas chega a um ponto do poema
que penduro as palavras
como estrelas num palco de ficção sem palco
E se me perguntarem
E o poema? Vou responder
Pior uma emenda bem feita
que um soneto sem graça
ysabella
ysabella
Enviado por ysabella em 03/12/2020
Código do texto: T7126777
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