Triste era dos fantasmas

Triste era dos fantasmas

Ao monólogo dos fantamas,
a minha cabeça se inclina,
atormentam-me todos eles.
Vêm como que rindo de mim...

Mas são, sim, velhos conhecidos,
de outros tempos, de quando éramos
felizes ou a era, sendo imortal,
assim nos fazia crêr, triste era...

Panóptico de mil olhos
a se esgueirar lá pelas sombras
ou a lamber esta carne viva
da ferida que não se cura...

Nunca foi inefável nem vivo,
mesotérico morto-vivo,
vagando por entre umas pontes
sem chegar e sem permanecer...

Esses fantasmas zombeteiros,
com as suas vozes estridentes,
troçam da desventura toda:
a minha e deste mundo inteiro...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 01/12/2020
Código do texto: T7125210
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