Escravo
Triste dor que insiste e não passa
Nas batidas de um sofrido coração,
Que carrega as marcas de uma raça
Arrasada por uma vil escravidão.
E se viu caido em desgraça
Sem encontrar no destino intenção,
De mudar o jugo seu de danação
Preso ao tronco daquela praça.
Enquanto ecoava o som da corrente
Pesada sendo arrastada rudemente
Pela poeira vermelha do terreiro,
Recordava-se da sua humilde gente
E de sua África ainda tao presente
No seu peito valoroso de guerreiro.