COM E SEM POESIA
Eis que a vida segue e precisa ser vivida,
Apesar da morte nos amedrontando,
E que não precisa, nem deve, ofuscar o porvir.
Eis que a humanidade continua vivendo sim,
Mas tão dispersa, tão disforme, por vezes carrasca,
Deixando estômagos vazios, letras ausentes, mortes evitáveis,
Enquanto algibeiras acumulam ouro e poder,
Riquezas assoberbando a individualidade desumana.
A poesia promulga o amor, o bem querer, imperativamente,
Realça o belo das cores, o aconchego dos aromas,
Destaca os valores que a natureza faz reinar,
Mas também versa o amargor das dores e desatinos.
Não componho poemas inspirado na multidão,
Mas descubro poesia e dela forjo versos,
Percebendo as nuanças das suas partículas, as pessoas,
Eis que essas portam sentidos que formam sentimentos,
Enquanto a multidão é apenas gado que obedece os instintos.
Então, prefiro dizer do estômago roncando vazio,
Das crianças magricelas oriundas da fome,
Da revolta dos jovens advinda da submissão imposta,
Da ignorância coletiva refém da insuficiência de escolas.
Sobre os valores dos cofres abarrotados, de poucos,
Das algibeiras reluzindo ouro que escorre pelas mãos avarentas,
Da exploração dos esforços alheio que enricam mais os ricos,
Da ganância desmedida e castradora da humanização,
Disso eu deixo que os urubus vomitem suas estrofes,
Eis que nisso não enxergo poesia.
Eis que a vida segue e precisa ser vivida,
Apesar da morte nos amedrontando,
E que não precisa, nem deve, ofuscar o porvir.
Eis que a humanidade continua vivendo sim,
Mas tão dispersa, tão disforme, por vezes carrasca,
Deixando estômagos vazios, letras ausentes, mortes evitáveis,
Enquanto algibeiras acumulam ouro e poder,
Riquezas assoberbando a individualidade desumana.
A poesia promulga o amor, o bem querer, imperativamente,
Realça o belo das cores, o aconchego dos aromas,
Destaca os valores que a natureza faz reinar,
Mas também versa o amargor das dores e desatinos.
Não componho poemas inspirado na multidão,
Mas descubro poesia e dela forjo versos,
Percebendo as nuanças das suas partículas, as pessoas,
Eis que essas portam sentidos que formam sentimentos,
Enquanto a multidão é apenas gado que obedece os instintos.
Então, prefiro dizer do estômago roncando vazio,
Das crianças magricelas oriundas da fome,
Da revolta dos jovens advinda da submissão imposta,
Da ignorância coletiva refém da insuficiência de escolas.
Sobre os valores dos cofres abarrotados, de poucos,
Das algibeiras reluzindo ouro que escorre pelas mãos avarentas,
Da exploração dos esforços alheio que enricam mais os ricos,
Da ganância desmedida e castradora da humanização,
Disso eu deixo que os urubus vomitem suas estrofes,
Eis que nisso não enxergo poesia.