O Amor que exala

Não há como imaginar

Um Universo ou uma vida

Sem a tua presença

Não há como saciar

Felicidade e desejo

Os verborrágicos olhos

Onde me perco

Dentro de tantas

Declarações de Amor

Completamente silenciosas

Os reticentes lábios

Que tentam expulsar

Palavras presas

Por histórias passadas

Só me resta

Abafá-los com os meus

Quando em muito contrariada

Vocifera um Whatever

Rio em resposta

Quando "despida" de suas palavras

Insulta com um besta ou idiota

Então gargalho

Mas tudo que falamos

É escutado e assimilado

Muito se aprende

Muito se ensina

Somos assim

Falamos o mesmo idioma

Em seu ouvido

Pingo palavras de Amor

Chamo-te de Minha

Acalento com minha voz

Por vezes Assusto,

Chamando a atenção

Incitando um confuso olhar

Que se transforma num misto

De "puto" e apaixonado

Quando esclareço

Que "apenas" quero dizer

EU TE AMO

A tenra Pele

Que não me canso de provar

Com suas inúmeras texturas

Cada uma degustada

Em um modo particular

O suave arrepio

Provocado pelo Frio

Se faz convite

Para um abraço chameguento

Esquentar seu corpo

Em resposta

Sou surpreendido

Pelo entrelaçar

De seus braços

Quando menos se espera

O Amor que exala

Seu doce perfume

Inebriando nossas razões

Enquanto mãos entrelaçadas

Se fitam profundamente

Fica a pergunta então

Há como viver sem isso?

Possivelmente sim

Mas afirmo com certeza:

NÃO QUERO NÃO!

Fábio Paraguassu
Enviado por Jo Leitte em 30/11/2020
Reeditado em 23/12/2020
Código do texto: T7123889
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.