O Amor que exala
Não há como imaginar
Um Universo ou uma vida
Sem a tua presença
Não há como saciar
Felicidade e desejo
Os verborrágicos olhos
Onde me perco
Dentro de tantas
Declarações de Amor
Completamente silenciosas
Os reticentes lábios
Que tentam expulsar
Palavras presas
Por histórias passadas
Só me resta
Abafá-los com os meus
Quando em muito contrariada
Vocifera um Whatever
Rio em resposta
Quando "despida" de suas palavras
Insulta com um besta ou idiota
Então gargalho
Mas tudo que falamos
É escutado e assimilado
Muito se aprende
Muito se ensina
Somos assim
Falamos o mesmo idioma
Em seu ouvido
Pingo palavras de Amor
Chamo-te de Minha
Acalento com minha voz
Por vezes Assusto,
Chamando a atenção
Incitando um confuso olhar
Que se transforma num misto
De "puto" e apaixonado
Quando esclareço
Que "apenas" quero dizer
EU TE AMO
A tenra Pele
Que não me canso de provar
Com suas inúmeras texturas
Cada uma degustada
Em um modo particular
O suave arrepio
Provocado pelo Frio
Se faz convite
Para um abraço chameguento
Esquentar seu corpo
Em resposta
Sou surpreendido
Pelo entrelaçar
De seus braços
Quando menos se espera
O Amor que exala
Seu doce perfume
Inebriando nossas razões
Enquanto mãos entrelaçadas
Se fitam profundamente
Fica a pergunta então
Há como viver sem isso?
Possivelmente sim
Mas afirmo com certeza:
NÃO QUERO NÃO!