Mortos-Vivos
Não falo com os "mortos",
Não sou tolo,
Não vivo esse dolo
De conviver com os tortos.
É muito azedume!
Prefiro o perfume
Da paz.
Que os "mortos" cuidem dos "mortos".
Fico com os assertos
Dos vivos.
Oh, "mortos-vivos"!
Fujo dos teus "uivos".
Para tuas esquisitíces,
Meus esquivos.
Ênio Azevedo